Navalha de Occam
O princípio conhecido como a navalha de Occam, atribuído a Guilherme de Occam, um frade inglês do século XIV, estipula o seguinte:
"Se em tudo o mais forem idênticas as várias explicações de um fenómeno, a mais simples é a melhor".
Este é um dos fundamentos do método cientifico, que deve sempre considerar em primeiro lugar as explicações mais simples. Tudo o que adicional e que não seja estritamente necessário está a mais e deve ser cortado (e daí vem o termo navalha).
Ao longo da história foram vários os filósofos e cientistas a subscrever a importâmcia deste princípio, alguns com formulações bastante interessantes:
"Tudo deve ser feito da forma mais simples possível, mas não mais simples que isso", Albert Einstein
"A perfeição não é alcançada quando já não há mais nada para adicionar, mas quando já não há mais nada que se possa retirar", Antoine de Saint-Exupéry
A fé num Deus é claramente algo que não considera o princípio da navalha de Occam. Considerar a existência de um ente sobre-natural com poderes ilimitados para explicação para o mundo, para o sentido da vida e para o que nos acontece não é certamente a explicação mais simples. Mas perante a maravilhosa complexidade do Universo e a extrema improbabilidade da nossa existência a explicação mais simples seria a não-existência de vida consciente e inteligente. Perante este fenómeno da nossa existência temos o dever de o tentar compreender com base no princípio da navalha de Occam. Porque explicações podemos encontrar infinitas mas acredito que o caminho para a verdade está no método científico.