O caminho
Há momentos de fraqueza em que sofremos pelas vidas que não vivemos. Momentos em que se lamenta, que emerge de pronfundezas nebulosas da alma, o que se abdicou, o que já nunca poderemos ter, o que não será a nossa vida. Esquecemos que essas vidas não são nossas porque escolhemos, de livre vontade, se existe o livre arbítrio, mas conscientes das consequências, seguir outros caminhos. Escolher é abdicar. E não vale a pena lamentar não termos escolhido o outro caminho em determinada encruzilhada da vida. Mas há momentos de fraqueza, agora em que o caminho, mesmo que retorcido, cada dia apresenta menos bifurcações.