Faz hoje 5 anos que o meu Pai nos deixou. A vida que existiu continuará viva na memória de todos os que o conheceram. Fica aqui um texto que escrevi nesse dia, contra o esquecimento.
Adeus Pai. Sou parte de ti, e por isso nunca me deixarás. Não irás mais estar fisicamente presente, mas o teu espírito, os teus ensinamentos e o teu ser continuarão sempre connosco. Ensinaste-me muito ao longo da vida, chegou agora o momento de uma última e dolorosa lição: viver a dor da morte de quem amamos.
Disseste-me que tudo tem um fim. Mas permite-me corrigir-te: não é será um fim, é apenas um momento em que deixaremos de ouvir a tua voz (espero nunca a esquecer), do olhar dos teus olhos, às vezes verdes, outras vezes cinzentos (que estou certo nunca esquecerei), de sentir o teu calor, de ver os teus gestos. Tudo isto vai continuar a existir naqueles que ficam com a enorme responsabilidade de honrar a tua memória. Enquanto existires em nós, a morte não vencerá.
O nosso consolo é saber que partes em paz, com o espirito do dever cumprido. Que viveste uma vida difícil, mas de sucesso. Que no fim da vida pudeste olhar em teu redor e que certamente sentiste felicidade. Que conseguiste realizar os teus sonhos, contra muitas adversidades. Que deixas uma família que te respeita e honra. Amigos que nunca te irão esquecer. Que te amam. Que enquanto os que te conheceram estiverem vivos existirás sempre nos nossos corações e não deixaremos de brindar à tua memória. Que descanses em paz, e que nós, que recebemos o teu legado, sejamos agora capazes de honrar o teu exemplo.
Agradeço-te tudo. O que de bom e de mau vivemos juntos. Obrigado. Obrigado por seres o que és. Obrigado pelo que aprendi contigo. Obrigado pela tua honestidade. Obrigado pelos teus conselhos. Obrigado pelos princípios de vida. Obrigado pelos teus olhos. Obrigado pela tua vida, que nos enche de orgulho.
Obrigado por tudo. Descansa em Paz.
17 de Janeiro de 2013