Ruído no cérebro
We cling to our memories as if they define us. But it’s what we do that defines us.
Fantasy, reality, dreams, memories. It’s all the same. Just noise.
Filme: Ghost in the Shell, realizador Rupert Sanders
Ghost in the shell é baseado num manga criado por Masamune Shirow em 1989. A ação decorre num futuro melancólico e negro, numa mega-cidade deprimente algures na Ásia, muito à semelhança do ambiente criado em Blade Runner, onde as pessoas melhorando-se com implantes robóticos criando uma fronteira difusa entre Homem e máquina. A história baseia-se na construção de uma nova geração de cyborgs em que um cérebro humano é colocado num robot humanoide, juntando assim as virtudes de ambos: a capacidade de decisão de um humano com o poder de um corpo robótico. É o cyborg extremo em que tudo é máquina excepto o cérebro, o fantasma dentro da máquina, num regresso da dualidade de Descartes em que a alma comanda o corpo.
Tudo o que o cérebro recebe é controlado e pode ser manipulado. Tudo, seja realidade ou fantasia se resume ao mesmo, ruído no cérebro. Senão as memórias, o que nos define então?