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rua do imaginário

Porque existe algo em vez do nada?

Porque existe algo em vez do nada?

rua do imaginário

25
Mai20

Ilusão e realidade

Reconhecer a realidade como uma forma da ilusão, e a ilusão como uma forma da realidade, é igualmente necessário e igualmente inútil.

 

14-5-1930

Livro do Desassossego por Bernardo Soares. Vol.II, Fernando Pessoa

 

25
Mai20

O tempo não existe

O tempo é ilusão. O passado são apenas memórias residentes no cérebro algures entre os nossos neurónios e as ligações das suas sinapses. As memórias são uma construção só nossa. O futuro é uma expectativa, apenas isso. O que existe é o agora, somente o Agora. O tempo psicológico é a ilusão  de uma continuidade entre passado e futuro criada pelo nosso cérebro, uma poderosa ilusão de uma linha que flui entre o passado, as nossas memórias, e um futuro que assumimos existir mas que não tem qualquer realidade.

 

Na física as conclusões são semelhantes: não existe tempo. O tempo único e Universal, o metrónomo que marca o ritmo universal, não existe. O Universo pode ser explicado matematicamente sem recurso a uma variável que represente o tempo.

 

Existe assim uma curiosa semelhança entre o entendimento do nosso tempo pessoal, o nosso Ser, e o atual conhecimento da ciência sobre o que é o tempo. Certamente que não é coincidência. Nem o tempo nem a realidade são o que nos parecem. O mundo e  tempo que conhecemos existe só dentro de nós, no nosso imagimário. Conseguir aceitar este facto, libertarmo-nos da ilusão do tempo, é uma profunda revolução que faz toda a diferença na forma como entendemos o que é vida e o que é viver.

 

A realidade não é o que parece, Carlo Rovelli.jpg

A realidade não é o que parece, Carlo Rovelli

 

O Poder do Agora, Eckhart Tolle.jpg

O Poder do Agora, Eckhart Tolle

 

 

 

 

 

15
Mai20

Cinco anos de Imaginário

 

Rua do Imaginário.JPG

 

Foi há cinco anos que iniciei o “Rua do Imaginário”. O que desde então aqui anotei, pequenos pensamentos, desabafos, inquietações, momentos, sentimentos ou poesia que me tocou de alguma forma especial, existe, real e concreto, no imaginário. Já não sou a mesma pessoa que há cinco anos iniciou estes apontamentos, isso é certo. Um pouco da história dessa transmutação contínua do eu a que chamamos viver está aqui descrita

 

E foi assim que tudo começou:

 

Em Évora existe uma rua chamada “Rua do Imaginário”. Não é propriamente uma rua, é uma travessa, estreita e um pouco retorcida, emuldurada de casas caiadas de branco e amarelo. Naquele dia estava deserta.

 

É um bonito nome para uma rua, um nome que por si só é um poema. Um nome que nos remete para um mundo íntimo e irreal. Sim, é íntimo, mas não irreal. Tudo o que é verdadeiramente importante é o que existe no nosso imaginário, a realidade é só um constrangimento. O que existe é o que acreditamos que existe e nada morre verdadeiramente enquanto existir no nosso imaginário.

 

Na idade dos porquês perguntavam-me os meus filhos se a fada dos dentes existe. A resposta, só pode ser uma: sim, existe enquanto acreditarem que existe. Como existem dragões, unicórnios, a justiça, o amor ou o sentido da vida.

 

O imaginário é a realidade mais importante.

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