A dor é temporária o orgulho é para sempre
Tenho para mim que educar um filho é a tarefa mais nobre, de maior responsabilidade e que mais dificuldades, e também satisfação, pode proporcionar ao ser Humano. Ter a responsabilidade de abrir horizontes sem afogar a personalidade é uma arte, que exige esforço e atenção constante. E gera uma satisfação inigualável. A paternidade é, para o bem e para o mal, um desafio constante.
Nestes tempos em que a felicidade é vendida como um direito adquirido, ao alcance do bom cidadão, que deve ser consumista e submisso, a tarefa de educar para a felicidade, a verdadeira felicidade, torna-se muito complexa. Conseguir passar a mensagem de que nada do que verdadeiramente vale a pena se consegue sem esforço, sem trabalho e sem sacrifício é extremamente difícil, quando tudo o que rodeia as crianças aponta sempre no sentido da satisfação imediata. A espera, a paciência, não é valorizada na sociedade consumista. O orgulho de atingir um objectivo depois de muito trabalho e sacrifício, a felicidade do alpinista quando atinge o cume da montanha, é um sentimento difícil de transmitir para quem, desde da mais tenra idade, está rodeado por uma sociedade que fomenta o prazer imediato, baseada num perigoso falso conceito de direito adquirido à felicidade e ao prazer.