Estagnação
O Homem é resultado de uma lenta evolução baseada em mecanismos de seleção natural, em que qualquer pequeno benefício que um individuo adquirisse resultante de uma ocasional mutação genética teria a tendência de ter mais sucesso na transmissão dos seus genes a gerações futuras. Ao longo do tempo esses genes seriam dominantes e o Homem, enquanto espécie, seria algo diferente dos seus antepassados.
Não temos razões para assumir que o Homem parou de evoluir. Continuam a existir mutações positivas para a transmissão dos genes, seja ao nível de inteligência, aparência física ou capacidade de resistir a doenças. Mas na sociedade atual a transmissão de genes para gerações futuras tem tendência a ficar desligada de conceitos de sucesso ou maior capacidade de sobrevivência. O controlo e diminuição da natalidade, associado a um estilo de vida em que o sucesso não está ligado a uma prole numerosa, não garante que as eventuais mutações positivas irão ser predominantes nas gerações futuras. Esta tendência é global, transversal a culturas e riqueza dos países.
Podemos afirmar com alguma segurança que a evolução genética do Homem estagnou. A Humanidade tornou-se numa amálgama de mutações, mas em que nenhuma delas poderá ganhar predominância no futuro, se existe futuro, do Homem enquanto espécie.