Estrela
O dia estava reservado para cruzar a Serra da Estrela, do seu lado este para oeste. E não podia começar melhor, com um magnifico troço de estrada, a N232 entre Belmonte e Manteigas. Após uma paragem breve em Manteigas seguimos em ritmo turístico para desfrutar as monumentais paisagens do Vale Glaciário do Zêzere, com uma agradavel paragem no Covão Da Ametade, uma antiga lagoa glaciar, com um belo bosque de bétulas e reodeado de imponentes afloramentos graníticos, aqui denominados por cântaros. É neste magnífico local que o rio Zêzere toma forma pela primeira vez, só que, infelizmente, no momento em que por lá passámos o seu leito encontrava-se totalmente seco.
A Serra da Estrela tem paisagens excepcionais e, com um dia de luz perfeita e temperatura amena naquelas altitudes, foi possível desfrutar plenamente destas magníficas panorâmicas. É no entanto uma zona bem mais concorrida do que os territórios desobstruídos que percorremos por estes dias. Depois de vários dias habituados a um profundo sossego, a um quase isolamento em territórios pouco povoados, a frequência destas estradas da Estrela sente-se como um pouco excessiva. Foi assim que, evitando a sempre confusa Torre, iniciamos de imediato a descida da vertente oposta, em direção a Seia, onde almoçámos no restaurante do Museu do Pão.
Restava agora a viagem até Bolfiar para a última etapa desta viagem. No dia seguinte faríamos ainda a estrada recurvada entre Bolfiar e o Luso, em jeito de despedida das inúmeras fabulosas estradas recheadas de curvas que percorremos por estes dias maravilhosos. Depois, foi o regresso a casa, de coração cheio e plenos de memórias para cuidar.
Covão Da Ametade
Os primeiros passos do Zêzere, que aqui se apresentava seco
Vale Glaciário do Zêzere