In Time
In Time é um filme de ficção que decorre num mundo onde as pessoas têm implantado no braço um contador decrescente que indica o seu tempo de vida. Quando esse contador chega a zero a pessoa morre. O trabalho é renumerado em tempo e o pagamento do que se compra é efetuado em tempo e o tempo pode ser transacionado entre pessoas. Uma pessoa rica, que possua muito tempo, poderia viver eternamente. O argumento é complexo, bem elaborado e consegue mostrar de forma realista o que seria uma sociedade regida por esta lei do tempo, incluindo o efeito na sociedade da acumulação excessiva da riqueza (do tempo) por alguns.
Este mundo é o nosso mundo, apenas com uma suave diferença: em In Time as pessoas sabiam a cada momento quanto tempo tinham e possuiam a possibilidade de, de alguma forma, aumentar esse tempo. No nosso mundo, não sabemos quanto tempo temos (mas sabemos que é finito) e gastamos tempo que temos para adquirir riqueza.
O fundamental do filme é recordar-nos uma verdade límpida e cruel mas que temos uma enorme tendência para esquecer: a nossa riqueza é o tempo, e tudo o que fazemos, ou compramos, custa-nos tempo. A verdadeira e única riqueza é possuir tempo, tempo de vida e tempo disponível para viver.
Filme: In Time, Andrew Niccol, 2011