Livre arbítrio e a unicidade da realidade, II
É de facto mais confortável admitir que o nosso Imaginário e o Universo constituem realidades distintas. Mas não deixa de ser verdade, e cientificamente comprovado, que o nosso estado mental afeta o nosso estado físico. Por exemplo, sabe-se que as nossas emoções, a tristeza, a alegria, o amor, afetam a produção de determinadas hormonas pelo nosso corpo. Também se sabe que o físico afeta o mental, tal como o comprovam os medicamentos anti-depressivos, que com base unicamente no efeito de determinadas substâncias químicas conseguem afetar o nosso estado de espírito.
Desta forma pode ser incorreto dizer-se que o mundo do imaginário e o mundo do Universo pertencem a realidades diferentes, dado o facto que se interrelacionam de alguma forma. Mas não, não é aceitável admitir que tudo o que somos e sentimos, todo o nosso imaginário, imana unicamente e de forma determinista de uma conjugação física e determinista. O Imaginário e o Universo não podem ser a mesma realidade.