Preocupação paternal
Pergunta-me o meu filho: Porque é que eu existo? Porque é que a minha alma, que está no meu cérebro e no meu coração, existe em mim e não num cão ou num pássaro?
A profundidade e a intensidade dos seus sentimentos fazem dele criança muito especial. Tem uma capacidade de amar, e uma intensidade de sentimentos, que impressiona, não por ser uma criança de 8 anos, mas num ser Humano de qualquer idade. O que me preocupa, enquanto seu pai, é que quanto maior a sua capacidade de amar os outros maior será o seu sofrimento. Para o bem e para o mal, amar significa viver e também significa sofrer. Esta sua sensibilidade é simultaneamente um dom e uma maldição. Da minha parte o que está ao meu alcance é somente ajudá-lo a perceber como poderá utilizar da melhor maneira esta extraordinária sensibilidade. Espero estar à altura da responsabilidade e nunca desiludir quem tão grandes expetativas coloca em mim.