06
Mai16
Rotina
A rotina. Enreda-nos com suavidade numa aparente normalidade. Os hábitos, as obrigações, os horários, a tranquilidade de não haver surpresas. Mas tem um preço elevado: cilindra-nos cruelmente, faz-nos esquecer que o tempo é finito e, na ilusão das obrigações, constrói a miragem de um sentido de vida, mirra os sonhos, confunde as prioridades, domestica a vontade e acelera o tempo. A rotina faz-nos esquecer o fundamental: a nossa impermanência e de tudo o que nos rodeia.