Sentido estético da existência
As pessoas correm, fumegam, buzinam umas às outras, a elas próprias, num frenesi de urgências ridículas. Pensar: é um luxo. É preciso correr, não se pode parar, num movimento perpétuo sem objetivo. Constantemente empurradas pelas costas, sem vontades e sonhos, fogem do seu próprio destino, fecham-se dentro de si, blindam-se aos outros.
É urgente partilhar, comungar, amar. Conhecer o sentido estético da existência. É urgente a consciência do tempo.
Ter consciência do tempo é ter consciência da morte. Será por isso ignoramos o tempo que passa, vivendo a urgência do efémero e esquecendo o que é importante, verdadeiramente importante, como forma de recalcar a angústia da morte eminente?